As competições sul-americanas sempre foram palco de grandes atuações dos clubes brasileiros, que durante anos dominaram a Copa Libertadores e a Copa Sul-Americana com títulos, finais recorrentes e goleadas imponentes. No entanto, em 2025, esse protagonismo tem sido colocado à prova. A atual temporada apresenta um cenário diferente, com times tradicionalmente fortes acumulando derrotas, empates decepcionantes e atuações abaixo do esperado contra adversários tecnicamente mais modestos. 4c3e15
O contraste com temporadas anteriores acendeu um alerta em torcedores, dirigentes e comentaristas. Muitos buscam explicações para a queda de rendimento — especialmente considerando o investimento financeiro dos clubes brasileiros e a suposta superioridade de seus elencos. Nessa busca por respostas e prognósticos, também cresce o interesse por plataformas que acompanham o desempenho das equipes, como as melhores casas de apostas brasileiras, onde os dados e estatísticas ajudam a projetar os desdobramentos das fases finais dos torneios.
O momento, portanto, não é apenas de crítica, mas de análise aprofundada. Entender por que esse declínio acontece é fundamental para evitar novos vexames internacionais e para que os clubes possam se reorganizar com uma abordagem mais séria, técnica e realista frente aos torneios continentais.
O Fim de Uma Era de Domínio?
Nos últimos cinco anos, o futebol brasileiro viveu uma fase de ouro nas competições sul-americanas. Foram finais de Libertadores com duelos entre clubes nacionais, campanhas arrasadoras e títulos consecutivos tanto na principal competição quanto na Sul-Americana. Flamengo, Palmeiras e Athletico Paranaense elevaram o status do país como o epicentro do futebol sul-americano.
Porém, a temporada de 2025 mostra que essa hegemonia não é garantida. Na Sul-Americana, Atlético-MG, Vasco e Fluminense colecionaram derrotas inesperadas. O Galo, por exemplo, perdeu de virada para o Deportes Iquique após estar vencendo fora de casa. O Vasco, em um dos resultados mais simbólicos da rodada, levou 4 a 1 do Puerto Cabello, da Venezuela. E o Fluminense, mesmo com time reserva, caiu diante do Gualberto Villarroel, da Bolívia — e viu sua liderança no grupo ser tomada pelo OnceCaldas.
O cenário não é muito diferente na Libertadores. O Internacional, um dos representantes mais tradicionais do país, sofreu uma derrota por 3 a 0 para o Atlético Nacional em Medellín, escancarando as fragilidades defensivas e a dificuldade de jogar fora de casa. Esses resultados mostram que os clubes brasileiros, embora ainda com potencial técnico, estão longe da consistência que demonstraram em anos anteriores.
Desgaste, Falta de Planejamento e Subestimação
O primeiro fator que se destaca na análise desse desempenho abaixo do esperado é o calendário. Os clubes brasileiros enfrentam uma maratona de jogos entre estaduais, Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro e as competições sul-americanas. Com elencos sobrecarregados, muitas equipes optam por rodar o time, escalando reservas em confrontos internacionais que exigem intensidade e foco. Quando essa rotação não é acompanhada de um bom preparo tático e físico, os resultados tendem a cair drasticamente.
Outro ponto é a subestimação dos adversários. Há uma percepção, muitas vezes compartilhada por torcedores e imprensa, de que certos times da Bolívia, Venezuela ou Equador não oferecem real perigo. Essa mentalidade influencia a postura em campo: times entram dispersos, cometem erros básicos e sofrem com a intensidade dos oponentes, que veem nas competições continentais uma vitrine única para seus jogadores.
Por fim, existe um problema estrutural: planejamento inadequado, contratações duvidosas, falta de continuidade nos projetos técnicos e mudanças constantes de treinadores. O Cruzeiro, por exemplo, que voltou a disputar torneios internacionais após anos de ausência, não escondeu sua prioridade pelas competições nacionais — e acabou eliminado precocemente da Sul-Americana após somar apenas um ponto em quatro jogos.
Uma Mudança de Mentalidade é Urgente
A queda de desempenho dos clubes brasileiros nas competições sul-americanas não é fruto do acaso. Ela é reflexo direto de uma série de decisões equivocadas que envolvem desde o modelo de gestão até a forma como os torneios são encarados.
Se os clubes querem recuperar o protagonismo perdido, precisam agir com profissionalismo. Isso a por montar elencos mais equilibrados, valorizar todas as competições com seriedade, estudar melhor os adversários e respeitar os detalhes que fazem a diferença em torneios mata-mata — como altitude, logística e experiência internacional.
A Conmebol, por sua vez, tem promovido melhorias no nível técnico das competições, com clubes de mercados emergentes investindo em estrutura, formação de atletas e identidade tática. Ignorar essa evolução é perigoso. O futebol sul-americano está mais equilibrado, e o favoritismo dos brasileiros não é mais um escudo contra o fracasso.
O Alerta Está Soando
O futebol brasileiro ainda tem material humano e financeiro para dominar o continente. Mas a temporada de 2025 é um sinal claro de que esse domínio não é automático. Se antes bastava entrar em campo para vencer, hoje é preciso estratégia, foco e comprometimento.
O alerta está soando. Clubes como Vasco, Cruzeiro, Atlético-MG e Fluminense já viram que um erro tático ou um jogo mal istrado pode custar caro. Quem quiser seguir vivo nas competições continentais precisa jogar cada rodada como uma final. Porque do outro lado, os adversários estão fazendo exatamente isso — com fome de vitória e sem nada a perder.